sábado, 27 de outubro de 2007

Entrada dos ácidos graxos na mitocôndria

Os ácidos graxos livres que, provindos do sangue, entram no citosol, não podem passar diretamente para o interior da mitocôndria, onde estão as enzimas responsáveis por sua oxidação. Esses ácidos graxos livres necessitam ser conduzidos até a matriz. O processo de entrada é mediado pela L-carnitina, sendo esse o passo limitante da velocidade e de oxidação de ácidos graxos no interior da mitocôndria e ponto de regulação. O processo de transferência dos ácidos graxos para o interior da mitocôndria ocorre em três passos (três reações enzimáticas) :
A enzima acil-coA sintetase (família de isoenzimas presentes na membrana mitocôndria externa) agem nos ácidos graxos catalisando a formação de uma ligação tio-ester entre o grupo tiol da coenzima A para liberar um acil-coA graxo. Esse processo é favorecido pela hidrolise de duas ligações de alta energia do ATP. Os derivados do acil coa graxo são compostos de alta energia.
Os ésteres de acetil coA graxo formados na membrana mitocôndria externa não cruzam a membrana mitocôndria interna intacta. Assim o grupo acil-graxo é transientemente ligado hidroxila da carnitina formando o derivado acil-graxo carnitina essa transesterificação é catalisada pela carnitina acil-transferase 1 também presente na face externa da membrana mitocondrial interna chega a matriz por difusão facilitada por meio do transportados acil carnitina/carnitina.
No terceiro e ultimo passo do processo de entrada o grupo acil graxo é transferido enzimáticamente da carnitina para coenzima A intramitocondrial pela enzima carnitina acil transferase 2, essa isoenzima está localizada na face interna da membrana mitocondrial interna onde ela regenera acetil coa graxo e o libera juntamente com a carnitina livre na matriz mitocondrial. A carnitina reentra no espaço entre as membranas mitocondriais externa e interna por meio do mesmo tranportador acil-carnitina/carnitina. Uma vez no interior da mitocôndria o acil-coA graxo sofre rapidamente a ação de um conjunto de enzimas existente na matriz.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Entrada dos ácidos graxos no interior da mitocondria por meio do transportados de acil-carnitina/carnitina.



sexta-feira, 5 de outubro de 2007















Estudo de caso

Efeito da deficiência da L-carnitina no organismo

Um paciente desenvolve uma doença caracterizada por fraqueza muscular progressiva espasmos musculares dolorosos. Esses sintomas são agravados pelo jejum, exercícios e uma dieta rica em gorduras. O homogeneizado de uma amostra do músculo do paciente oxida o oleato adicionado mais lentamente do que os homogeneizados de amostras de músculos obtida de indivíduos saudáveis. Quando a carnitina foi adicionada ao homogeneizado do músculo do paciente a velocidade de oxidação do oleato se igualou aquela dos homogeneizado controle. O paciente foi diagnosticado como tendo deficiência de carnitina, o diagnostico foi estabelecido uma vez que ao adicionar carnitina ocorreu um aumento da velocidade de oxidação do oleato no homogeneizado de músculo do paciente. A entrada de ácidos graxos mediados por carnitina na mitocôndria é a etapa da velocidade limitante na oxidação de ácidos graxos. A deficiência de carnitina diminui a oxidação dos ácidos graxos. Adicionar carnitina então acarretará aumento da velocidade.
A deficiência de carnintina poderia ser resultante de uma deficiência de lisina , seu precursor, ou de um defeito de uma das enzimas na via de biossíntese da carnitina. Os sintomas expostos são agravados pelo jejum exercícios e dieta rica em gordura, porque tudo isso aumenta a necessidade metabólica para oxidação dos ácidos graxos.